segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Campo Grande, MAM, Dois de Julho, Mercado do Peixe - tudo de bike em Salvador.

Quinta feira, 16 de setembro de 2010

Drica disse que já estava quase almoçando, mas que quando recebeu o telefonema com o nosso convite não pensou duas vezes, iria almoçar com a gente no Campo Grande. Ela chegou na barraca de frutas em frente ao meu prédio meia hora depois, estava com uma calça e blusa verde, e parecia feita para as frutas, verdes e maduras. De onde estava ela me viu fotografando-a, e me chamou vamos vamos. Desci e enquanto nos cumprimentávamos começou uma chuva fraca, que rapidamente foi ficando forte. A gente foi entrando cada vez mais embaixo do toldo da barraca e cada vez mais ficando perto das bananas.







Drica não tinha trazido capa de chuva e pedalar na chuva forte sem capa é inadimissível. Pedi a Ana que trouxesse uma capa a mais do apartamento e todos nós nos preparamos, ajustando rapidamente as capas.







Saímos e pegamos um trânsito caótico de meio dia na Av. Centenário, passando pela entrada do Calabar sentido Hospital Santo Amaro/Túnel. Em relação ao Túnel, isso é um capítulo a parte, pois ele não é bem iluminado e é bastante estreito, duas pistas sem espaço algum de recuo. Para entrar no túnel de bicicleta é importante que você fique bastante visível para os carros antes mesmo de entrar, ou seja, próximo da entrada você deve ir um pouco mais lento para que os motoristas dos carros percebam você entrando. Depois dos entroncamentos estranhos do Vale dos Barris fomos pegando a esquerda para subir a ladeira do Politeama, que dá no Orixás Center. Ana já estava bem a frente e conseguiu subir até a metade pedalando, Drica e eu íamos bem mais atrás e subimos pedalando toda a ladeira, mas bem lentamente. Pegamos a Avenida Sete e fizemos o retorno para Carlos Gomes para chegar ao Campo Grande (ao restaurante que é ao lado do Teatro Castro Alves). Tiramos as capas de chuva e prendemos as três bicicletas na grade do prédio.





Depois do almoço, as meninas foram para o curso de fotografia com Pinhole lá no Museu de Arte Moderna (MAM – BA) que fica na Av. Contorno. Saímos do Campo Grande, seguimos para o Largo dos Aflitos para chegar ao Museu. Só descida. Ana ainda tem muito medo de descer pedalando. A ladeira de acesso ao MAM é de pedras, como as ruas do Pelourinho. As meninas desceram.









Ao chegar lá embaixo, o segurança foi em direção às meninas e disse que elas não poderiam levar as bicicletas para ficar presas próximas à sala do curso, e que elas colocassem as bikes próximas aos carros. Infelizmente no MAM não existem paraciclos, portanto utilizamos o usual método de transformar um poste de luz em um paraciclo-gambiarra.

Depois de dar uma voltinha de bike lá pelo estacionamento do MAM, com aquela vista maravilhosa da Baía de Todos os Santos, eu prendi a minha bike também e fui curtir as exposições que estavam em cartaz nas salas do MAM. Na sala principal uma mostra emocionante de fotografias de Thomas Farkas e na capela e outras salas de exposição o trabalho contemporâneo dos cinco artistas selecionados pelo Prêmio Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas.








Depois de visitar as exposições, peguei a bicicleta e subi a primeira ladeira que vai do MAM até à Av. Contorno. Foi mais difícil do que eu pensei, pois a inclinação e as pedras antigas já lisas pelo desgaste do tempo fazem com que não se tenha muito controle sobre a bike, que “samba” bastante na ladeira. Depois de chegar na Avenida, esperei um tanto de carros passar para começar a subir a ladeira inicial que é bastante inclinada mas que vai aos poucos diminuindo a sua inclinação até chegar ao Largo Dois de Julho onde se encontra a conhecida Bicicletaria Ervaciclo. Fui lá para colocar os paralamas pois ao pedalar na chuva sem paralamas as nossas roupas ficam sujas com os respingos de água vindos dos pneus. Já na loja, conversei sobre a possibilidade de colocar o bagageiro na minha bicicleta, que não tem os furinhos próprios para isso. Vai ser necessário fazer uma adaptação com braçadeiras no bagageiro. As fabricantes nacionais de bicicletas precisam começar a se ligar em alguns pequenos detalhes como esses, pois se já viesse com os furinhos de fábrica tudo seria resolvido em 20 minutos. O mecânico disse para eu levar a bike na segunda, pois ele precisaria de mais tempo para fazer a instalação/adaptação do bagageiro. Então ele instalou os paralamas e minha bike ficou com um novo visual.




Do Dois de Julho voltei para o MAM, pois já estava na hora que tinha marcado com as meninas. Encontrei-as ainda envoltas com as câmeras pinholes, curiosas com os resultados obtidos com o trabalho da tarde. Fomos para o Pátio, Drica nos ofereceu tangerina, que ela tinha trazido na bolsa, e ficamos felizes com as frutas e o mar.




















Ana nos chamou para jantar (uma sopa?) no Campo Grande. Antes de ir embora, encontramos Noel, amigo carioca de Pablo. Falamos sobre a sopa, e ele ficou de nos encontrar no restaurante. Subimos, Dois de Julho, Carlos Gomes, Campo Grande. Comemos e Drica nos chamou para tomar uma (só uma) cerveja no Mercado do Peixe, que foi reinaugurado lá no Rio Vermelho. Noel foi pegar um ônibus e nós três descemos pedalando pelo Garcia para pegar a Garibaldi. Na aferição intermodal nós chegamos uns cinco minutos antes dele.
















Roquinho
Em Salvador, de bicicleta.

Um comentário:

  1. Gente, adorei essa ida para o MAM. Queria muito fazer esse trajeto, mais queria também sair do roteiro orla. Como Roquinho acompanhou a gente, pude aprender esse caminho pela Centenário até chegar nos Aflitos e na volta pegamos o Garcia, Garibaldi até chegar no Marcado do Peixe. Amanhã é dia de ir prá lá pro MAM, se Ana não for de bici, vou sozinha com mais tranquilidade por já ter feito esse caminho. Muito bom isso! Foi ótima a companhia de vocês!!!
    bjbj,
    Drica.

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